Hífen: Quando usar e não usar. Essa é uma regra importante para saber para o uso do hífen na nova ortografia.
Uso do hífen - Algumas regras do uso do hífen na nova ortografia foram alteradas pelo novo Acordo, 2009. Para algumas pessoas a mudança ajudou bastante, facilitou na hora da duvida, já para outras complicou ainda mais.
Vamos fazer uma pequena série sobre o uso do hífen na nova ortografia, para que gradualmente as dúvidas possam ser dirimidas de maneira mais didática.
Neste primeiro post serão feitas observações em relação ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, tais como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
Confira aqui o guia completado uso do hífen
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Veja também:
Imagem: freepik.com.
Uso do hífen na nova ortografia
Quando usar e não usar o hífen:
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
Exemplos: vice-rei, vice-almirante, vice-versa etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom
Exceção: guarda-roupa, apesar de terminar com vogal e o segundo elemento começar com r neste caso não se usa guardarroupa, o r não se duplica, porque guarda não é um prefixo é uma palavra, uma forma verbal e portanto, fora desta regra.
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico
Atenção: - Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
*Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. * Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.
Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos:
amoré-guaçu,
anajá-mirim,
capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos:
ponte Rio-Niterói,
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos: Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos.
((Fonte: Michaelis))
Muito bom, parabéns!
ResponderExcluirBom dia a todos.na explicação do uso do hífen. Estava dizendo que boca-de-lobo é uma planta? Não conheço. E vi também boca de lobo bueiro sem hífen que está certo.
ExcluirBom dia a todos.na explicação do uso do hífen. Estava dizendo que boca-de-lobo é uma planta? Não conheço. E vi também boca de lobo bueiro sem hífen que está certo.
ExcluirSem nenhuma explicação, o professor diz que vice-rei e etc, tem hifen, quando já tinha dito que, quando a última letra de uma palavra for diferente da primeira letra da palavra seguinte, NÃO se usa hifen. Caberia uma explicação, ou não?
ExcluirCara, não se usa hífen quando o prefixo termina por uma letra diferente da primeira letra da palavra, porém, no prefixo vice, se usa sim diferente dos outros, foi isso que o professor quis dizer.
ExcluirPalavras que distinguem espécies botânicas e zoológicas são grafadas com hifen, daí a diferença entre boca-de-lobo (planta) e boca de lobo (esgoto). Não-me toque (planta) e não me toques (melindre), bico-de papagaio (palnta) bico de papagaio ( nariz anduco) mamão-macho, bem-me quer(flor) etc. 10 de janeiro de 2017.
ExcluirCaraca, quanta regra! Não imaginei que o hífen fosse tão complexo assim. Eu sabia que era difícil, mas nem tanto!
ResponderExcluirAgora sim eu me f*di pro ENEM :-)
ResponderExcluirAgora sim eu me f*** no ifma
ExcluirMuito bom
ResponderExcluirDificil.mas nao impissivel.
ResponderExcluirOtimo
ResponderExcluirMuito bom.pois algumas mudaram pra melhot.Parabens.
ResponderExcluirRealmente o artigo é muito bom. Embora alguns conceitos literários de mestres na área ainda divergem com o acordo. Assim, a gente daqui de fora, fica mais confuso ainda...
ResponderExcluirO artigo é muito bom. As explicações, bastante esclarecedoras. Entretanto, o que nos deixa confusos são as opiniões de mestres da matéria (português) que vira e mexe emitem opiniões a favor e ao mesmo tempo contra. Aí... quebra as pernas...
ResponderExcluirSe existisse uma simplificação na língua portuguesa,os brasileiros teriam mais cultura e mais qualificação no português.Evitaria uma realidade de tantas regras
ResponderExcluirque só complica a qualificação intelectual.Daí a tendência de muitos,é ir em busca de um inglês e de um espanhol,pq com certeza só facilitará sua vida aqui e lá fora do país.Como por exemplo: A copa.Analisem bem,são brasileiros precisando do inglês para que no seu próprio país,se adequem as necessidades dos turistas.O que é necessário,é despertar nos estrangeiros a necessidade de ter o português.Com isso o Brasil ganharia muito mais.Algo que merece a devida reflexão.
Precisamos de um país com mais cultura.Simplificar regras,é sinônimo de cultura e evolução.Por que será que brasileiros optam pelo inglês e espanhol? E até por vezes esquecem de aprimorar seu português? Não precisa responder não é? Por que não fazer o inverso? Atrair estrangeiros para sentir prazer e necessidade de aprender o português? São regras e regras,sem contar com as mudanças.É tempo de modernidade e necessidade de praticidade para nossos brasileiros.Com certeza se fosse o inverso,pessoas cultas e preparadas para o Brasil e para o mundo se multiplicariam pela simples praticidade de um português adaptado as necessidade humanas.Vale a pena repensar e não complicar os conceitos de aprendizagem.Reflitam!
ResponderExcluirfalou pouco mais falou tudo !!!!!!
Excluirótimo
ResponderExcluirvlw aee tava com dúvidas mais vc me ajudo :)
ResponderExcluirTava incrivel eu tava com mó duvida e eles me ajudaram vlw :)
ResponderExcluirÓtimo!
ResponderExcluirParabéns!
ResponderExcluirObrigado, seus artigo foram de grande esclarecimento e aprendizado para mim...
Vocês fazem um ótimo trabalho...
Nunca imaginaria q fosse tão difícil assim... maiis vai me ajudar com o projeto soletrando na escola...
ResponderExcluirmuito lgl
Excluira gramática é regra d+........ a professora TATIANA DANTAS diz que gramática é puro raciocínio lógico
ResponderExcluirmuito bom, cansativo a leitura mais vale apena ler e aprender novas coisas , para no futuro ter sabedoria da escrita e saber lhe dar com ela do seu novo e maravilhoso jeito
ResponderExcluiraprender e como crescer , este crescer e diferente pois e na cabeça com a intelectualidade da leitura !
bjjs, boa leitura !
lunna bianca de araujo vieira - brasil -sp - sp
Persiste uma dúvida diante da palavra ALTAR-MPR ou ALTARMOR? Qual a correta?
ResponderExcluirAté então: ALTAR-MOR
ExcluirMuito esclarecedor!
ResponderExcluirMuito, muito bom. Parabéns!
ResponderExcluirMuito Bom!!
ResponderExcluirexcelente a explicacao
ResponderExcluirGostei bastante, terei que ler algumas vezes mais...
ResponderExcluirMuito bem explicado, não tem como não entender!
ResponderExcluirBem explicado, excelente!!
ResponderExcluirConcordo plenamente com Amanda Rafaela. Acho que deveria simplificar mais a nossa língua.
ResponderExcluirAntes eu pensava que não sabia nada... Agora clareou tudinho: o que eu não sei, é muito mais do que eu pensava que não sabia...Esse conjunto de regras para uso do hífen, está longe de ser um conjunto de regras para uso do hífen... Isso, sim, é um tratado!
ResponderExcluirolá, Segunda- feira continua com hífen?
ResponderExcluirOu seja: ficou uma bela porcaria =/
ResponderExcluirficou bom
Excluirantes-eu-falava-com-hífen, depois que li este artigo tudo mudou, a linguagem ficou mais simples...
ResponderExcluiressa lingua continua um lixo , pode melhorar muito mais , facilitar,aumentaram - s- onde nao precisa , r sem necessidade , ta uma coisa sem nexo
ResponderExcluirPARABÉNS PELA POSTAGEM!
ResponderExcluirparabens pela postagem do texto me ajudou muito
ResponderExcluirÓtimo conteúdo. Obrigado.
ResponderExcluirAjudou bastante. Parabéns!
ResponderExcluirEstou elaborando um livro com fotos. Como escrevo livro-foto ou livro foto? Obrigada
ResponderExcluir👏👏
ResponderExcluirMuito Bom. Obrigado
ResponderExcluirPreciso de uma termohigrometro urgente em Belo Horizonte. Obrigada, era o que eu procurava
ResponderExcluirco nunca aceita hifen ... no caso seria coerdeiro
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