Vícios de linguagem: Veja aqui os principais vícios, como pleonasmo, barbarismo, neologismo, solecismo, ambiguidade, cacófato, eco e outros!
Vícios de linguagem, saiba aqui o são, veja exemplos e aprenda com os exercícios no final do texto.
Com certeza todo mundo já cometeu algum vício de linguagem. Para quem não conhece, vício de linguagem é a alteração na língua portuguesa. Como assim? Explicamos.
Os vícios de linguagem ocorre quando a norma-padrão da língua é corrompida, seja de propósito, descuido, ignorância do falante, isso pode ocorrer tanto na pronúncia como na escrita.
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Vícios de Linguagem: Exemplos
Há diversos tipos de vícios de linguagem. Confira:
• Plebeísmo:
As gírias são um exemplo de plebeísmo, uma vez que são modificações que não são aceitas na língua.
Exemplos:
E aí mano, tudo beleza leke?Aquele homem ali é um babaca.
• Pleonasmo:
Para muitos o pleonasmo é a redundância. Entretanto, só é considerado pleonasmo aquela expressão que reforça, que enfatiza alguma ideia, alguma coisa em apenas um gênero: o literário. Em outros gêneros, o pleonasmo não pode ser utilizado, enquanto a redundância pode aparecer, mas sem nenhum propósito, uma vez que compromete a qualidade do texto.
- Saiba mais sobre Pleonasmo.
Exemplos:
Vamos logo, entremos para dentro antes que escureça mais.Voltou a estudar novamente.O navio naufragou e foi ao fundo.
• Eco:
É a rima. No texto poético, por exemplo, muitos autores fazem rima para melhorar a sonoridade. Já no texto literário e até discursivo, deve-se evitar o eco, uma vez que soa ruim.
Exemplos:
Eu não estou sentido dores recentemente como antigamente.Pedro, pedreiro, penseiro, esperando o candongueiro.
A divulgação da promoção não causou comoção.
• Cacófato:
Quando se faz uma oração e o som de algumas palavras soam ruim, desconexos, estranhos. É o som desagradável, ou palavra obscena, formado pelo encontro das sílabas finais de uma palavra com as iniciais da seguinte.
Exemplo:
Evite expressões como:É da boca dela que saiu aquela sujeira.
- por cada (às vezes, pode-se usar só o por, sem comprometer a frase);
- diz respeito (referente a);
- triunfo da (vitória da).
• Ambiguidade:
Quando uma ideia no texto causa uma dupla interpretação, um sentido duplo, o que compromete o entendimento e também a interpretação do texto.
Exemplos:
- Ele foi socorrido pelo bombeiro na sua cidade. (Que cidade? Do homem ou do bombeiro?).
Roubaram o carro do homem que estava na rua. (O carro ou o homem estava na rua?)
Vimos o incêndio do prédio. (O prédio foi incendiado ou foi visto sendo incendiado)
- Saiba mais sobre Redundâncias.
• Solecismo:
Quando há erro na sintaxe da oração, como erros de concordância ou de regência.
Exemplo:
Viveu os dois muito bem. (Viveram os dois muito bem).
Solecismo de regência:
Ontem assistimos o filme (Correto: Ontem assistimos ao filme).Solecismo de concordância:
Haviam muitas pessoas na festa. (Correto: Havia muitas pessoas na festa)
Aluga-se casas. (Correto: Alugam-se casas)
• Neologismo:
Novas palavras são empregadas no idioma e que (ainda) não foram incorporadas em dicionários ou documentos oficiais da língua portuguesa. Ou palavras que não eram conhecidas e que passaram a ser. O neologismo também pode indicar palavras que ganharam uma nova conotação.
Exemplos:
Eu deletei os arquivos (eliminei);fazer um bico (um trabalho freelancer);
Fui lá
• Arcaísmo:
Uso de palavras que caíram em desuso com o tempo.
Exemplo: Vossa Mercê ainda gosta de mim? (Você).
• Barbarismo:
Quando há desvio na norma relacionado à grafia, semântica, pronúncia, morfologia e neologismo.
Exemplos:
- Você não vai me comprimentar? (Cumprimentar) → na semântica.
- Esses paõs estão fresquinhos! (Pães) → na morfologia.
- A gente tava lá quando aconteceu! (Estava) → na pronúncia.
- O peneu furou! E agora? (Pneu) → na grafia.
- Esse show estava demais (espetáculo, concerto) → estrangeirismo.
Exercícios sobre Vícios de Linguagem
1.(FEI) Identifique a alternativa em que ocorre um pleonasmo vicioso:
a) Ouvi com meus próprios ouvidos.
b) A casa, já não há quem a limpe.
c) Para abrir a embalagem, levante a alavanca para cima.
d) Bondade excessiva, não a tenho.
e) N.D.A.
2. (UFOP) Qual o vício de linguagem que se observa na frase: “Eu não vi ele faz muito tempo”?
a) solecismo
b) cacófato
c) arcaísmo
d) barbarismo
e) colisão
3. (URCA) Sobre os vícios de linguagem, relacione a segunda coluna com a primeira:
A. barbarismo;
B. solecismo;
C. cacófato;
D. redundância;
E. ambiguidade.
( ) É admirável a fé de meu tio;
( ) Não teve dó: decapitou a cabeça do condenado;
( ) Faziam anos que não morriam pessoas;
( ) Coitado do burro do meu irmão! Morreu.
( ) Intervi na briga por que sou intimerato.
A sequência correta, é:
a) D – C – A – B – E;
b) B – E – D – A – C;
c) C – D – B – E – A;
d) A – B – E – C – D;
e) E – A – C – B – D.
4. Leia com atenção:
a. Na sala ao lado, alguns trabalhadores ficam à espera de clientes para serem
contatados.
b. Afrânio querido, para que destino segues assim tão lesto, circunspecto e assaz
atribulado?
c. Atualmente, Vicente está bem diferente, pois já não sente tantas dores de
dente quanto antigamente.
d. A questão é que o gerente foi apanhado com a mão na botija, apropriando-se
indevidamente de uma vultuosa quantia de dinheiro.
e. Dei um rolê na área, ganhei a mina, mas acabei dançando: a mina estava a fim
de outra parada.
De cima para baixo, as frases são exemplos dos seguintes vícios de linguagem:
a) arcaísmo • redundância • preciosismo • cacofonia • ambiguidade
b) cacofonia • barbarismo • ambiguidade • galicismo • solecismo
c) plebeísmo • solecismo • galicismo • ambiguidade • cacofonia
d) barbarismo • eco • plebeísmo • preciosismo • arcaísmo
e) ambiguidade • preciosismo • eco • barbarismo • plebeísmo
Gabarito
1) c
2) a
3) c
4) e
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