O emprego da vírgula é essencial para o bom entendimento do seu texto. Confira as principais regras no uso correto da vírgula.
“O emprego correto da vírgula é essencial para o bom entendimento do seu texto. Confira as principais regras no uso da vírgula”
Apesar de ser básico na Língua Portuguesa, o uso da vírgula pode gerar muitas dúvidas. Um texto bem escrito, necessita de vírgulas bem colocadas. Afinal, isso irá melhorar a compreensão daquilo que você está querendo dizer.
Você sabe quando usar a vírgula no período simples ou no período composto? Sabe quando ela é facultativa ou quando é obrigatório?
Emprego da vírgula: Regras gerais
Desde cedo, aprendemos na escola que uso da vírgula é utilizado para fazer as pausas no texto.
Mas, a verdade é que não é bem assim. A língua falada é bem diferente da língua escrita. Confira as regras gerais para o emprego da vírgula:
- Separar termos que tenham a mesma função: “Luís, Pedro, Cláudia e Ana foram demitidos”;
- Separar os predicativos de seus núcleos: “O chefe, irritado, demitiu eles”;
- Separar o adjunto adverbial de seu lugar normal: “Hoje, no Brasil, há muitos desempregados”;
- Para colocar o objeto no início da oração, a fim de repeti-lo: “Esse emprego, não poderemos mais tê-lo”;
- Para separar o aposto e o vocativo: “Ricardo, o filho do chefe, não foi demitido”;
- Para substituir um verbo subentendido: “Os homens ganham mais; as mulheres, menos”.
Emprego da vírgula no período composto
Quando estamos diante de uma oração com período composto, o emprego da vírgula é necessário nas seguinte situações:
- Separar orações aditivas que não possuem o conector “e”: “Viajou nas férias, foi visitar a família”;
- Separar orações que tenham o conectivo “e”, mas com sujeitos diferentes: “Voltei ao trabalho e, almoçamos juntos”;
- Separar orações adjetivas explicativas: “Seu espírito, que era muito valente, aparentava medo”;
- Separar orações subordinadas adverbiais que venham antes da principal: “Embora não tivesse estudo, foi promovido à chefe”.
Emprego da vírgula no período simples
A vírgula é necessária, em um período simples, quando:
- Enumeramos termos com a mesma função sintática: “Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo concorreram ao prêmio”;
- Separamos o aposto: “Neymar, o astro do time, não jogou nada”;
- Separamos o vocativo: “Este jogador, meu amigo, nos levará ao título”;
- Utilizamos lugares em datas: “Porto Alegre, 06 de maio de 2019”;
- Necessitamos suprimir um verbo: “Nós assistimos futebol, e elas, vôlei”.
O emprego correto da vírgula
Saber usar a vírgula é essencial para o entendimento de seu texto. Se colocada no lugar errado, ela pode até distorcer o sentido daquilo que estava querendo ser dito.
A vírgula não é simplesmente uma pausa para respirar. Ela possui muitas funções, como separar termos da oração, destacar o vocativo, evitar repetições desnecessárias, separar conjunções, entre outras.
Quando o emprego da vírgula é facultativo
Embora, muitas vezes, a gramática da Língua Portuguesa possa ser um tanto rígida, em alguns casos, temos a opção de fazer ou não o uso de determinada regra.
É o caso do uso da vírgula. Veja quando ela é facultativa.
- Após certas conjunções: quando iniciamos um frase com algumas conjunções mais curtas, como portanto ou entretanto, podemos fazer ou não o uso da vírgula: “Ela estava com fome. Entretanto não almoçou”.
- Com o uso de orações adverbiais: quando fazemos o uso de orações adverbiais, podemos ou não utilizar a vírgula. O uso da vírgula tem a função, nesse caso, de dar mais ênfase à frase: “Irei à serra, se fizer frio”.
- Com expressões adverbiais curtas: se a expressão estiver no início da frase e for curta, você poderá optar ou não pelo uso da vírgula: “Na Europa estamos no inverno”.
Quando o emprego da vírgula é obrigatório
É muito mais fácil quando a regra do uso da vírgula é opcional, afinal, não corremos o risco de errar. Porém, há casos em que a sua utilização é obrigatória. Confira algumas situações.
- Na enumeração de termos da oração: “Vou comer batatas, frango, arroz e feijão”;
- Separação de orações independentes: “Eles acordaram cedo, tomaram o café da manhã, foram trabalhar”;
- Isolar o vocativo: “Mãe, estou aqui!”;
- Antes de alguma conjunções: “Ela trabalhou muito, porém foi demitida”.
Emprego da vírgula antes do e
O “e” é uma conjunção que dá ideia de adição entre dois termos de uma mesma oração ou entre diferentes orações.
Quando há orações aditivas com sujeitos diferentes, a recomendação é que se faça o emprego da vírgula antes do “e”.
Veja este exemplo:
“Ana comprou as mercadorias, e seu marido guardou na dispensa”.
Como podemos ver, são dois sujeitos (Ana e seu marido) e duas ações (comprar e guardar), necessitando do uso da vírgula.
Se fizéssemos uso de um mesmo sujeito para diferente ações, não seria necessário o uso da vírgula, conforme podemos ver no exemplo a seguir:
“Ana comprou e guardou as suas mercadorias”.
Emprego da vírgula antes de mas
Sempre devemos fazer o emprego da vírgula antes da preposição “mas”, assim como ocorre com as preposições porém, entretanto ou todavia.
Veja o exemplo:
“Gostaria de escrever um livro, mas não sei fazer o correto emprego da vírgula”.
No entanto, o “mas” nem sempre deverá ser precedido de vírgula. É o caso de quando essa preposição fizer parte de uma oração que soma ideias:
“Ele não era apenas forte mas também rápido”.
COMENTÁRIOS