Saiba como usar a crase facultativa de forma correta, assim como casos especiais em que a utilizamos. Aumente seu conhecimento linguístico.
Casos facultativos do uso da crase acontecem diante da relação preposição “a” e do artigo definido “a”.
Então, quando falamos por exemplo que “o professor fez referência a irmã de Maria”, a frase não faz aplicação da crase. Entretanto, se na frase “o professor faz referência à notável irmã de Maria” utilizarmos adjunto abdominal. Então o emprego da crase é necessário.
Onde usar: casos facultativos da crase
Casos facultativos da crase acontecem quando a preposição “a” for um substantivo feminino precedido de um artigo feminino “a”.
Por exemplo: Vamos a + a farmácia = Vamos à farmácia.
Também podemos a crase facultativa antes de pronomes possessivos, após a preposição “ate” e perante nome próprio feminino. Assim, como em caso de indicar horas, se antes da mesma vier antes da preposição.
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Como utilizar a crase
Em casos facultativos do uso da crase podem existir contexto especiais quanto a forma de utilizar a crase. Aqui estão alguns exemplos de crase facultativa com pronome feminino:
- Custa à Márcia ver o sobrinho sofrer;
- Obedeça à Joyce;
- Referi-me à Carol;
- Fizemos referência à Jaqueline.
Dessa forma, se houver o artigo “a” teremos somente a participação da preposição “a”, portanto, não tem crase. Contudo, se há preposição e artigo (a + a), logo, temos crase.
Usamos crase facultativa antes dos pronomes possessivos.
De modo, que as frases seguintes: “Vamos à sua casa” ou “vamos a sua casa” não estejam erradas.
Isso acontece porque o artigo é facultativo e ao ser utilizado precedentemente aos pronomes possessivos.
Dessa forma, o uso ou não da crase está correto.
No caso da utilização da crase se deve porque ela ser uma união da preposição e artigo (a+a).
Assim, “até” é uma preposição, o que significa que não há soma de “a + a”.
Entretanto, a frase “vou até a academia.”, é uma locução prepositiva e, assim, há a soma de a + a. Então “vou até a academia” é a mesma coisa que “Vou até à academia”, ou seja, os dois jeitos estão certos.
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Casos em que não usamos crase
Possuímos regras quanto a casos facultativos do uso da crase, e em alguns casos não a usamos. Aqui estão exemplos de casos em que não a utilizamos.
- Verbos: Meu amigo começou a produzir copos personalizados;
- Pronome pessoal: Não preciso pedir a ela;
- Palavras masculinas: Era uma dor semelhante a morte;
- Palavras iguais repetidas: passo a passo;
- Palavras femininas de caráter de gênero: Não cheguei a conclusão alguma;
- Antes de nome de pessoas famosas: O trabalho era relacionado a Madonna;
- Antes de artigo indefinido: Você pode se dirigir a uma sala ao teu lado esquerdo
- Antes de numerais: Elas foram comparadas a duas bonecas;
- Expressões adverbiais de modo com substantivo no plural: Os professores resolveram tudo a porradas;
- Depois da palavra candidata: Maria foi candidata a deputada nas últimas eleições;
- Antes de nome de vilas: Chegar a Brasília é como voltar para casa.
Existe uma exceção na flexão de palavras masculinas se ela for procedida de uma palavra feminina subentendida. Como na frase “Era uma pintura à Van Gogh”, assim, podemos interpretar “Era uma pintura à (maneira de) Van Gogh”.
Casos especiais
Também temos alguns casos especiais em que a crase facultativa pode ser ou não usada. Por exemplo, as palavras terra, casa e distancia podem ser interpretadas de duas maneiras com e sem a crase.
Assim se palavra terra estiver acompanhada de um determinante que indica lugar ou origem, é recomendado a utilização da crase. Veja o modelo abaixo:
- Retornamos à terra de meus pais há seis meses.
Entretanto, se a palavra terra se opõe a bordo no sentido de chão firme, o emprego da crase não é recomendado. Por exemplo:
- Os marinheiros chegaram a terra, após meses em alto mar.
Saiba mais sobre outros casos especiais do uso da crase
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